segunda-feira, 3 de março de 2014

Resenha Crítica da obra Coesão e Coerência textuais, por André Miguel, Marta e Thamires


FÁVERO, L. Leonor. Coesão e Coerência Textuais. São Paulo: Ática, 2003. 124 p.

 

André Miguel Honaiser[1]

Marta Glória dos Santos Marinho[2]

Thamires Cristina de Oliveira Souza[3]
André Miguel

 

 Resenha crítica

Leonor Lopes Fávero, uma das mais renomadas linguistas brasileiras, graduada e doutora em letras Neolatinas pela USP – Universidade de São Paulo e orientadora desde 2002 na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP), é autora de um grande acervo de livros, dentre eles “Coesão e Coerência Textuais”. Essa obra tem finalidade de mostrar uma importante ferramenta para aprimorar os conhecimentos linguísticos do leitor, oferecendo uma explicação bastante clara e informativa de como elaborar um texto coeso e coerente.

 A autora, no primeiro capítulo, inicia seu livro com uma pequena introdução acerca da linguística textual, que é considerada a ciência da estrutura e do funcionamento dos textos, sendo o texto mais do que a soma dos enunciados, mas sim, a competência textual do seu falante. A produção linguística se dá com textos e não com palavras isoladas. Para Fávero, existem fatores textuais para a construção de um bom texto: a coesão e a coerência. Aonde coesão refere-se ao modo como as palavras estão ligadas entre si dentro de uma sequência, e que nem todo texto precisa de coesão, mas de atos de linguagem, já a coerência define-se em um resultado de processos conhecidos entre os usuários e não um mero traço dos textos.

 No segundo capítulo Fávero mostra o ponto de vista de diversos autores, como em todo livro, destacando para o final o pensamento de Beaugrande e Dressler, no qual eles citam que a coesão e coerência constituem fenômenos distintos pelo fato de poder haver um sequenciamento coesivo de fatos isolados que não tem condição de formar um texto (a coesão não é condição nem suficiente nem necessária para formar um texto). Também há casos em que os textos são destituídos de coesão, mas cuja textualidade se dá ao nível da coerência.

 Na página 17 da obra Fávero e Kock fizeram uma proposta de reclassificação em termos de função, propondo três tipos de coesão: a referencial, que faz referência a alguma coisa necessária e a sua interpretação; a recorrencial, que tem por função assinalar que a informação progrida; e por último, a sequencial, que tem a mesma forma que as de recorrência, fazer progredir o texto, fazer caminhar o texto informacional.

Por fim, os fatores de coesão são os que dão conta da estruturação da sequência e aparência do texto e a coerência indica uma lógica entre os enunciados. Nota-se que a coesão e coerência são distintas, mas também independentes e para que haja sentido são necessários que tais fatores estejam presentes no texto.

 Dadas às colocações, pode-se dizer que a autora foi bastante caprichosa na condução da obra, a qual se destina a um público amplo, a toda pessoa que busca aperfeiçoar sua capacidade em redigir textos de qualidade superior, mas o uso de palavras desconhecidas do vocabulário diário faz com que a leitura perca um pouco do foco principal “aprimorar os conhecimentos linguísticos” que se tornou um problema para o leitor, no entanto, com seu brilhantismo Leonor driblou a gafe e foi bastante patriota ao usar trechos de textos de grandes escritores e poetas brasileiros, como Carlos Drummond de Andrade, Luís Fernando Veríssimo, Manoel Bandeira, Millôr Fernandes, entre outros. Era tudo que se esperava da autora: informação, coesão e coerência.



[1] Acadêmico do primeiro semestre do curso de Agronomia da Faculdade São Francisco de Barreiras [FASB]
[2] Acadêmica do primeiro semestre do curso de Agronomia da Faculdade São Francisco de Barreiras [FASB]
[3] Acadêmica do primeiro semestre do curso de Agronomia da Faculdade São Francisco de Barreiras [FASB]

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